Cotas para afrodescedentes

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009 |

Mestiço, caboclo, negro, moreninho, marronzinho já me chamaram de muitos nomes e sinceramente, não sei o que significa bulhufas dessas diferenças étnicas, até porque moro num estado muito miscigenado, logo, as diversidades (de cor), apesar de latentes, não se compara a outros lugares do Brasil.
Sou defensor das políticas afirmativas e todos os argumentos, tanto contra, quanto a favor, me fizeram acreditar mais nesse tipo de reparação e inserção social.
Acontece que nunca sofri na pele os efeitos dessa política, nunca vivenciei diretamente uma seleção pública na qual a argumentação, que defendo, virasse contra mim. Foi hoje o dia D! Acabei de ler um edital de um concurso, para estagiário do Ministério Público da Bahia, que das 34 vagas a serem disputadas, aproximadamente 12 vagas são exclusivas: deficientes (10%); índios (5%); e afro-descendentes (20%).
Apesar de me declarar Afro-Descendente (no sentindo amplo da palavra), não conclui minha educação em escola pública (graças a Deus!), logo não tenho direito a disputar tais vagas. São esses critérios que dão força a essas ações, consubstanciando uma verdadeira natureza reparatória.
Vocês acham que estou chateado com isso? Nem um pouco! Fui privilegiado com uma educação de melhor qualidade. No máximo fiquei mais preocupado, afinal fui pego de surpresa (lá ele!).
Pensando a longo prazo, além de ser melhor para estrutura do país vou acabar sendo mais exigido e assim me preparo melhor. Adquirir conhecimento nunca é demais.
E você!? Qual sua análise político-filosófica sobre o tema?



Boa sorte pra todos!

Abcs,

NED

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